13.1 - Origem da Doutrina da
trindade
“A
Igreja Católica Romana chegara, durante a Idade Média, à conclusão de
que a trindade era o mais Central e fundamental dos ensinamentos.Assim,
a aceitação do dogma da trindade validou toda a estrutura dogmática da
Igreja medieval.” (Pelikan, vol. 3, pág. 279, citado no livro
Adventista escrito por Whidden et al., A trindade, 2003, pág. 190).
"O mistério da trindade é a doutrina
central da Fé católica. Nisto está baseada todos os outros ensinos da
Igreja. A Igreja estudou este mistério com grande cuidado e, depois de
quatro séculos de clarificação, decidiu declarar a doutrina desta
maneira: dentro da unidade do Godhead [Deus] há três Pessoas, o Pai, o
Filho, e o espírito Santo”. (Manual Para o católico de Hoje, página
11).
Tertuliano, sacerdote católico e
autor de várias obras. Viveu entre os séculos II e III e foi quem criou
a filosofia que se denominou de trindade:
"Tres Personae, una substantia".
(texto original em latim).
O que mais fez Tertuliano? Basta
consultar a Enciclopédia Católica:
1. Foi quem instituiu o "Sinal da
Cruz".
2. Foi quem instituiu a absolvição.
(um perdão que vale para os
pecados futuros).
3. Foi quem instituiu a penitência.
4. Foi quem instituiu a eucaristia. A
crença de que o pão e vinho se transformam
realmente no sangue e na carne de
Jesus Cristo.
13.2 - Definição de trindade
segundo o dicionário Aurélio:
[Do lat. ecles. trinitate.] S.f.
1. Na doutrina cristã, DOGMA da união
de três pessoas distintas. (o Pai, o Filho e o
espírito Santo) em um só Deus:
2. P. ext. DIVINDADE TRÍPLICE, NAS
RELIGIÕES PAGÃS.
3. A festa cristã que se celebra no
domingo seguinte ao de Pentecostes.
4. A ordem religiosa da Santíssima
trindade, fundada em 1198. [Cf. trinitário1 (2).]
5. Fig. Grupo de três pessoas ou
coisas análogas; trilogia, tríade, terno: 2 ~ V.
trindades.
13.3 - Concepção de trindade
Existem várias concepções da
trindade. Parte dos trinitarianos crêem em três pessoas divinas
co-iguais e co-eternas, outros admitem diferentes níveis hierárquicos e
de natureza entre Deus Pai, Deus Filho e Deus espírito Santo.
Independente da crença, todos dizem ter razões bíblicas para acreditar
que existem realmente três pessoas divinas e que esses três seres
representariam um único Deus. Desse modo, tentam livrar-se da acusação
de politeísmo, isto é, o pecado da adoração de mais de um Deus.
13.4 - O Tribunal da Verdade
Tendo a Bíblia como critério de
avaliação, consideremos todas essas afirmações:
1. Para serem co-iguais, as três
diferentes pessoas da trindade deveriam possuir idêntica autoridade e
plena igualdade de poder. Mas as Escrituras Sagradas são muito claras
quanto ao fato de que Deus, o Pai, é evidentemente superior a Seu Filho.
Prova 1:
O próprio Senhor Jesus refere-Se a Deus como o "Altíssimo":
Amai, porém, os vossos inimigos,
fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso
galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até
para com os ingratos e maus. (Lucas 6:35),
isto é, Aquele que ocupa a posição
mais elevada, que está isolado em nível máximo, numa condição
inatingível por qualquer outro ser.
Prova 2:
Jesus Cristo afirma explicitamente em João 14:28:
"Ouvistes que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me
amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é
maior do que eu."
Prova 3:
Jesus também afirma categoricamente em João 13:16:
"Em verdade, em verdade vos digo
que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que
aquele que o enviou."
Deus, o Pai, que nos enviou Seu Filho
é, portanto, obviamente, maior do que Ele, que, repetidas vezes, como em
João 5:37, afirmou: "O
Pai, que me enviou, esse
mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz,
nem visto a sua forma."
Também o espírito Consolador é
inferior ao Pai, uma vez que também seria enviado por Ele, segundo
informa Jesus Cristo em João 14:26:
"Mas o Consolador, o espírito Santo,
a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas
e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”
Prova 4:
Jesus afirma e o apóstolo Paulo inspiradamente confirma, que Deus, o
Pai, é maior do que tudo e todos:
"Meu Pai, que mas deu, é maior do
que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.”
João 13:29, Versão Revista e
Corrigida.
I Coríntios 15:27-28:
"Porque todas as coisas sujeitou
debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas,
certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém,
todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também
se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus
seja tudo em todos.”
2. Se o espírito Santo fosse
realmente uma terceira e distinta pessoa divina, nada poderia justificar
sua omissão e ausência em textos bíblicos como estes:
Prova 1:
I Coríntios 8:6: "Todavia,
para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para
quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual
são todas as coisas, e nós também, por ele."
Quando Paulo define o único Deus, ele omite qualquer referência ao
espírito Santo.
Prova 2:
Marcos 13:32: "Mas a
respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu,
nem o Filho, senão o Pai."
Quando Jesus cristo, no Evangelho de Marcos, menciona aqueles que
poderiam conhecer a data de Sua volta, omite qualquer referência ao
espírito Santo.
Prova 3:
João 16:32: "Eis que vem a
hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e
me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo."
Se o espírito Santo fosse uma terceira pessoa divina, não poderia "Ele"
fazer companhia para Jesus em lugar do Pai? Contudo, Jesus nem sequer o
mencionou nessa ocasião.
3. Jesus Cristo nunca é chamado "Deus
Filho" no relato bíblico.
Prova 1:
Tudo que fez e disse foi realizado por ordem e permissão do Pai, a quem
Ele próprio se referia como "Meu Deus":
“Sê vigilante e consolida o resto que
estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na
presença do meu Deus.” (Apocalipse 3:2).
“Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no
santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre
ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a
nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o
meu novo nome.” (Apocalipse 3:12).
“Recomendou-lhe Jesus: Não me
detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os
meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para
meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17).
Prova 2:
Jesus nos afirma que "o
Filho nada pode fazer de si mesmo".
João 5:19. Essa idéia se
repete no verso 30. "Eu
nada posso fazer de mim mesmo."
E o mesmo pensamento aparece em João 5:17, 19, 30, 36; 8:28, 29; 9:4;
10:25, 32, 37; 14:10,11, 31; 17:4. João registra 14 vezes em seu
Evangelho, que as obras de Jesus não foram feitas por Ele próprio, mas
realizadas pelo poder de Seu Pai.
Prova 3:
Jesus nos diz que até as palavras que proferia não eram suas próprias.
Em João 12:49, Jesus afirma: “Porque
eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem
prescrito o que dizer e o que anunciar.”
Esse pensamento é
novamente expresso em João 7:16-18; 8:28, 29, 38; 12:49, 50; 14:24,31;
16:15. Em nove ocasiões, João retrata Jesus revelando que as palavras
que proferia eram de Seu Pai!
Prova 4:
Em João 12:44, Jesus
afirma: "Quem crê em mim
crê, não em mim, mas naquele que me enviou."
4. Se o espírito Santo fosse uma
terceira e distinta pessoa divina, o Pai não seria o pai!
Prova 1:
"Ora, o nascimento de
Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem
que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo espírito
Santo." Mateus 1:18.
Prova 2:
"Enquanto ponderava
nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor,
dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher,
porque o que nela foi gerado é do espírito Santo.” Mateus 1:20.
Prova 3:
"Respondeu-lhe
o anjo: Descerá sobre ti o espírito Santo, e o poder do Altíssimo
te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de
nascer será chamado Filho de Deus.” Lucas 1:35.
5. A ausência de terminologia bíblica
apropriada impede o entendimento e aceitação da doutrina da trindade.
Prova 1:
Exemplos de expressões-chave ausentes
da Bíblia, mas encontradas apenas nos credos:
"Deus Filho", "Deus espírito", "Deus
triúno", "Filho eterno", "Co-igual", "Co-eterno", "triunidade divina",
"trindade", "substância" (divina) e "essência" (divina).
6. As pessoas que, inspiradas por
Deus, escreveram a Bíblia em sua linguagem original, não criam na
trindade!
Prova 1:
Os judeus eram uma nação
estritamente monoteísta. Eles jamais poderiam sequer imaginar "um Deus
em três pessoas". E Jesus disse que eles estavam corretos em seu culto a
Deus! João 4:22: "Vós
adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a
salvação vem dos judeus.”
7. Além de tudo isso, há vários
textos bíblicos em que forçosamente a "trindade" deveria ter sido
mencionada, caso fosse uma doutrina verdadeira.
Prova 1:
A oração-modelo, ensinada
por Jesus Cristo, não menciona a trindade, nem dois de seus supostos
componentes ("Deus Filho" e
"Deus espírito"), como
destinatária (os) de nossas mensagens de comunhão com o Céu:
“Portanto, vós orareis assim:
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu
nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no
céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos
deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o
poder e a glória para sempre. Amém! (Mateus 6:9-13).
Se você ora unicamente ao Pai e pede
que o atenda em nome de Jesus, como seu mediador, é porque, na
prática, não crê na doutrina da trindade!
Prova 2:
Quando Jesus foi
transfigurado diante de Pedro, Tiago e João, e Moisés e Elias vieram ter
com Ele, não seria mais lógico que o Pai e o espírito viessem
confortá-Lo? Por que apenas o Pai Se manifestou naquela nuvem, dizendo
"este é o Meu Filho
amado, a Ele ouvi".
(Marcos 9:7-8).
Prova 3:
Jesus descreve o Pai como
o único e verdadeiro Deus. Não deveria Ele ter incluído também o
"Deus Filho" e o "Deus espírito",
isto é, a trindade” em João 17:1-3?
"Tendo Jesus falado estas coisas,
levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora;
glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como
lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a
vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te
conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste.”
Seu veredicto
E então, qual é o seu veredicto? A
doutrina da trindade está no banco dos réus e o juiz é você! Uma
variedade de provas já lhe foram apresentadas, embora existam muitas
outras. Qual será sua decisão?
Em sua avaliação, a doutrina da
trindade subsiste ao crivo das Escrituras Sagradas? Ou está na hora de
você rever suas crenças? Um dia, todos nós estaremos em pé diante do
trono do Deus único e verdadeiro, em cuja direita assenta-Se Seu Filho.
Ele é Deus zeloso, que exige adoração exclusiva e não admite a
idolatria.
Estamos nós preparados para
encontrá-Lo face a face? Ou tentaremos nos justificar, pedindo-Lhe que
nos perdoe por ter confiado nos ensinos dos líderes da igreja que
freqüentávamos?
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