A questão da
eternidade de Cristo, dentro do contexto da trindade, é uma questão
importante e algumas vezes os textos parecem contradizentes. Estudando
estas questões, chegamos as seguintes conclusões:
Para uma boa
compreensão do texto que segue, informamos que todas as citações do
espírito de Profecia são do CD de EGW versão 2.0 e todas as citações
bíblicas são da versão João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada(RA). Algumas citações bíblicas serão de outras versões e
estarão devidamente identificadas.
Quando
utilizarmos outras versões, empregaremos as seguintes siglas:
ARA – João Ferreira de Almeida,
Revista e Atualizada.
ARC – João Ferreira de Almeida,
Revista e Corrigida.
ACR – João Ferreira de Almeida,
Corrigida e Revisada
TEB – Tradução Ecumênica Bíblica.
BJ – Bíblia
de Jerusalém.
A Eternidade de Cristo
Ellen White no
Livro Evangelismo, págs. 615 e 616 é incisiva sobre a questão da
eternidade de Cristo.
Vejamos:
O Filho de Deus, Preexistente,
Existente por Si Mesmo
“Cristo é o Filho de Deus,
preexistente, existente por Si mesmo.
... Falando de Sua preexistência, Cristo conduz a mente através de
séculos incontáveis. Afirma-nos que nunca houve tempo
em que Ele não estivesse em íntima
comunhão com o eterno Deus.
Aquele cuja voz os judeus estavam então ouvindo estivera com Deus como
Alguém que vivera sempre com Ele”. Signs of the Times, 29 de agosto de
1900.
“Ele era igual a Deus, infinito e
onipotente. ... É o Filho eterno, existente por Si mesmo.” Manuscrito
101, 1897.
Desde a
Eternidade
“Ao passo que a Palavra de Deus fala
da humanidade de Cristo quando na Terra, fala também positivamente de
Sua preexistência. A Palavra existia como um ser divino, mesmo como o
Eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade
fora o Mediador do concerto, Aquele em quem todas as nações da Terra,
tanto judeus como gentios, caso O aceitassem, seriam abençoados. "O
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1. Antes que os
homens ou os anjos fossem criados, o Verbo estava com Deus e era Deus.”
Review and Herald, 5 de abril de 1906.
“Cristo lhes mostra que, embora eles
considerassem que Sua vida era de menos de cinqüenta anos, todavia Sua
existência divina não podia ser contada pelo cômputo humano. A vida de
Cristo antes de Sua encarnação não se calcula por algarismos.” Signs of
the Times, 3 de maio de 1899.
Vida Original, Não Tomada Emprestada
nem Derivada
Jesus declarou: "Eu sou a
ressurreição e a vida." João 11:25. Em Cristo há vida original, não
emprestada, não derivada. "Quem tem o Filho tem a vida." I João
5:12. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente. O
Desejado de Todas as Nações, pág. 530.
Estas citações
declaram que:
1. “Cristo é
o Filho de Deus, preexistente, existente por Si mesmo”. Isso quer
dizer: não nascido, não criado.
2. “Afirma-nos
que nunca houve tempo
em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus”.
Novamente não nascido, não criado, sem início.
3. “A vida
de Cristo antes de Sua encarnação não se calcula por algarismos”.
Outra vez. Mas aqui parece indicar que há outra forma de calcular a
idade de Cristo.
4. “Em
Cristo há vida original, não emprestada, não derivada”. Se é
original, é dele própria.
No texto
abaixo, quando Ellen White fala da criação do universo (note que não é
apenas da terra) ela afirma que o “Pai operou por Seu Filho”,
citando Colossenses como prova. Outro ponto interessante do texto abaixo
é que o Pai tinha um companheiro (não há citação de outro – Jó 33:4
também fala de apenas dois) na criação e somente este companheiro
poderia penetrar nos propósitos de Deus (ninguém mais – 1Cor 2:10).
Patriarcas e Profetas, pág. 34:
O Soberano do Universo não estava só
em Sua obra de beneficência. Tinha um companheiro - um cooperador que
poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar
felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus."
João 1:1 e 2. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno
Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia
penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. "O Seu nome
será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe
da paz." Isa. 9:6. Suas "saídas são desde os tempos antigos, desde os
dias da eternidade". Miq. 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de
Si mesmo: "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes
de Suas obras mais antigas. ... Quando compunha os fundamentos da Terra,
então Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas
delícias, folgando perante Ele em todo o tempo". Prov. 8:22-30. O
Pai operou por Seu Filho na criação de todos os seres celestiais.
"NEle foram criadas todas as coisas, ... sejam tronos, sejam dominações,
sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por Ele e para
Ele." Col. 1:16. Os anjos são ministros de Deus, radiantes pela luz que
sempre flui de Sua presença, e rápidos no vôo para executarem Sua
vontade. Mas o Filho, o Ungido de Deus, "a expressa imagem de Sua
pessoa" (Heb. 1:3), o "resplendor da Sua glória" (Isa. 66:11),
"sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder" (Heb. 1:3), tem
a supremacia sobre todos eles. "Um trono de glória, posto bem alto desde
o princípio" (Heb. 1:3 e 8), foi o lugar de Seu santuário; "cetro de
eqüidade" é o cetro de Seu reino. Jer. 17:12. "Glória e majestade estão
ante a Sua face, força e formosura no Seu santuário." Sal. 96:6.
"Misericórdia e verdade" vão adiante do Seu rosto. Sal. 89:14.
Ellen White aqui cita Provérbios
8:22-30, portanto é interessante ler todo o texto, sem o corte que ela
fez.
Provérbios 8:22-31
“O SENHOR me possuía no início de
sua obra, antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade
fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra.
Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de haver fontes
carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes de haver
outeiros, eu nasci. Ainda ele não tinha feito a terra, nem as
amplidões, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele
preparava os céus, aí estava eu; quando traçava o horizonte sobre a face
do abismo; quando firmava as nuvens de cima; quando estabelecia as
fontes do abismo; quando fixava ao mar o seu limite, para que as águas
não traspassassem os seus limites; quando compunha os fundamentos da
terra; então, eu estava com ele e era seu arquiteto, dia após
dia, eu era as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo;
regozijando-me no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com
os filhos dos homens.”
Estamos diante
da porção bíblica em que Cristo revela a sua origem. Os versos 22-25
falam em criar, constituir, gerar, nascer. Outras versões Bíblicas falam
em possuir, ungir, gerar (ARC); engendrar, consagrar, gerar (TEB);
criar, estabelecer, gerar (BJ); possuir, estabelecer, nascer (ARA).
Estes termos
claramente falam de origem. Em quatro versos seguidos, Cristo fala de
Sua Origem. Fala em quatro termos diferentes para que não haja
dúvida.
Não podemos
ignorar esta revelação que Cristo faz de si mesmo. De igual maneira não
podemos ignorar as inúmeras citações que falam que Cristo é o Filho.
Veja esta outra
revelação particular que Cristo faz:
João 5:19-21
“Então, lhes falou Jesus: Em verdade,
em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão
somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o
Filho também semelhantemente o faz.Porque o Pai ama ao Filho, e lhe
mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para
que vos maravilheis. Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os
mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer.
Além de ser Filho, Cristo é
dependente inteiramente de Seu Pai. Não podemos ignorar esta condição de
Filho. Há inclusive uma advertência bíblica para aqueles que tem a
tendência de ignorar esta condição filiar de Cristo. Leia I João
2:18-25. Vamos citar apenas o verso 23:
“Todo aquele que nega o Filho, esse
não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai .” – I
João 2:23
O que significa
negar o Filho? Começa por negar a condição de Filho. Se Cristo está
fazendo uma revelação de si nesta palavra (Filho), não podemos ignorá-la
ou mudá-la. Cristo poderia ter usado a palavra irmão, companheiro (esta
EGW usou), etc. Mas a palavra é Filho, e esta palavra indica começo.
A Bíblia também
nos revela que a condição de Filho não é apenas relativa à condição
humana que Cristo teve.
Em Provérbios
30:4 esta condição é apresentada como inerente a Ele antes da criação da
terra:
“Quem subiu ao céu e desceu? Quem
encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas na sua roupa?
Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome, e
qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?” - Provérbios 30:4
Segundo este
verso, na criação Cristo era o Filho de Deus.
Portanto, Cristo apesar de ter a
mesma essência do Pai, um dia na eternidade, ele nasceu, ou seja, foi
gerado de Seu Pai.
Gostaríamos de
enfatizar que: em Provérbios 8:22-31, Cristo em quatro versos seguidos,
e de quatro maneiras diferentes, informa sobre o Seu nascimento.
Então no verso
26, Ele informa quando isto aconteceu.
Veja o verso 26
em outras versões bíblicas:
“antes que Ele fizesse a terra e os
espaços e o conjunto das moléculas do mundo.” (TEB)
“ ele ainda não havia feito a terra e
a erva, nem os primeiros elementos do mundo.” (BJ)
“Cristo foi
gerado antes do "princípio do pó do mundo" (ARV, ARA e ARC),
“antes da
criação dos espaços e o conjunto das moléculas do mundo" (TEB),
“antes da
formação dos primeiros elementos do mundo" (BJ).
Cristo disse
claramente que Ele foi gerado antes da formação do universo, antes da
formação da matéria, antes da formação das leis físicas.
O texto
original (grego) de João 1:1-2 fortalece este entendimento:
“em {NO}
arch {PRINCIPIO} hn {ERA} o {A} logov {PALAVRA,}
Kai {E} o {A} logov {PALAVRA} hn {ESTAVA}
prov {EM} ton {O} yeon {DEUS,} Kai {E} yeov
{DEUS} hn {ERA} o {A} logov {PALAVRA.}.
Outov {ESTA}
hn {ESTAVA} en {NO} arch {PRINCÍPIO} prov {EM}
ton {O} yeon {DEUS.}”
Note que a
significação do texto conforme o original, segundo a tradução acima, nos
leva ao entendimento de que, no princípio, Jesus a Palavra, estava em
Deus, por isso, Deus era a Palavra. Dizendo de outra forma: como Jesus,
a Palavra, ainda não existia (estava no Pai), o Pai era a Palavra. Este
entendimento está em harmonia com o ensinamento bíblico sobre a origem
de Jesus. (Jairo Carvalho).
Dentro do que
nos foi revelado por Deus em sua Palavra (a Bíblia) o primeiro ato de
Deus foi gerar a Cristo, e agora como um filho, um aluno, Cristo é o Seu
aprendiz. Deus Lhe mostra como as coisas funcionarão e então estabelece
as leis que regerão a matéria. Pede então a Ele (o Verbo, a Palavra –
João 1:1-3) que forme os elementos. Surge a matéria, o universo.
Cristo é um com
o Pai antes do universo vir à existência (João 17:5). Antes das
galáxias, das estrelas, dos planetas. Antes da terra, da água, do ar (os
estados da matéria – sólido, líquido e gasoso).
Cristo é um
com o Pai antes do estabelecimento das leis físicas que ordenam o
universo. Antes de haver as grandezas massa, carga, dimensão e TEMPO.
Antes de tudo isso Cristo nasceu.
O que significa
nascer antes do TEMPO? Significa ser eterno. A palavra eternidade
significa o tamanho de uma medida de tempo. Uma medida tão grande que
não pode ser expressa em números (o infinito). Mas eternidade está
vinculada à possibilidade e medir. Enquanto Deus não estabelecesse as
leis da física, os limites para a matéria, a palavra eternidade não
teria sentido. E foi neste momento, da inexistência da matéria e suas
propriedades, que Cristo foi gerado. Portanto Cristo é ETERNO. Mas
também é nascido de Deus.
Agora podemos
ter uma visão mais clara do que está informado em Provérbios capítulo 8.
Quando o Pai
planejou criar o universo, como primeiro ato gera a alguém que pode
estar com Ele, pode se deliciar e auxiliar na grande tarefa a ser feita.
Chama-o de Filho e mostra-o como as coisas acontecerão. Agora enquanto
Deus utiliza o Seu poder para criar, o faz através do Filho. Ele fala e
tudo acontece.
Nesse sentido
Cristo é o arquiteto (ARA, ARC e ARV), o mestre de obras (BJ e TEB).
A Criação
“Criou Deus, pois, o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”-
Gênesis 1:27
Dois foram os
criadores de Adão. O Pai e o Filho. Não há na bíblia uma revelação de
que três estiveram presentes.
Em Colossensses 1:12-16, Paulo revela
que criação se deu através do Filho que é a imagem do Pai:
“Dando graças ao Pai, que vos fez
idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz. Ele nos
libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho
do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Este é
a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois,
nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer
principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.
Novamente só encontramos dois como os
criadores, o Filho e o Pai. Leia também que Cristo é “o primogênito de
toda a criação”. Ele nasce antes que Deus faça a Sua criação. É
necessário que ele nasça antes, pois “nele foram criadas todas as
coisas”. A palavra primogênito tem dois sentidos: o mais importante
e o primeiro. Em ambos os sentidos há o entendimento de origem, início.
O primeiro ato de Deus e o mais importante ato de Deus. Isso se liga a
João 1:18 que diz que Cristo é o unigênito (novamente há o sentido de
origem) e a Apocalipse 3:14 que diz que Cristo é “o princípio da
criação de Deus” (mesmo sentido de primogênito).
“Ao anjo da igreja em Laodicéia
escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o
princípio da criação de Deus:” - Apocalipse 3:14
“Ninguém
jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é
quem o revelou.” – João 1:18
Fazendo um
parêntese, é interessante ver o que outras versões falam neste verso de
João 1:18:
ARV e ARA – Deus unigênito.
BJ – Filho único.
TEB – Deus Filho único.
ARC e ACR – Filho unigênito.
Vida Original
Sobre a citação
de que “em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada”,
parece haver uma contradição com os seguintes textos:
I Timóteo 6:16
“O único que possui imortalidade,
que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é
capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!”
João 5:21-29.
“Pois assim como o Pai ressuscita
e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer.
E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, a fim de
que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o
Filho não honra o Pai que o enviou. Em verdade, em verdade vos digo:
quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna,
não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em
verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a
voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.Porque assim como o
Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.E
lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.Não vos
maravilheis disto, porque vêm a hora em que todos os que se acham nos
túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a
ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a
ressurreição do juízo.”
João 10:17-18
“Por isso, o Pai me ama, porque eu
dou a minha vida para a reassumir.Ninguém a tira de mim; pelo
contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar
e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.”
Entendemos
destes versos que Cristo recebeu de Deus ter vida em si mesmo. Isso só
Cristo tem. Todas as criaturas de Deus têm vida emprestada e precisam se
alimentar da “árvore da vida” para receber nova porção de vida
(Apocalipse 22:2). Por isso que as folhas da árvore da vida serão para a
saúde das nações, em um ambiente sem a morte e a doença. Não haverá a
morte e nem a doença porque haverá a árvore.
Mas Cristo não
precisa da árvore. Na verdade a árvore produz vida porque se alimenta do
“rio da vida” que procede do trono de Deus e do Cordeiro.
Apocalipse 22:1-2
“Então, me mostrou o rio da água da
vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro.No
meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida,
que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da
árvore são para a cura dos povos.”
É nesse sentido que o Pai levanta os
mortos e o Filho lhes dá a vida. Sempre um trabalho conjunto, Pai e
Filho.
Agora podemos entender o que
significa a afirmativa de EGW:
Original
– Vida própria.
Não emprestada
– Não precisa de reabastecimento, inclusive pode doá-la sem perdê-la.
Nós nem podemos doar a vida, pois não é nossa, é emprestada.
Não derivada
– Mesmo sentido de original. A vida de Cristo não depende de suporte do
Pai. O que Deus dá, Ele não retoma. O livre arbítrio é um exemplo. Deus
não retirou o livre arbítrio de suas criaturas por causa da problemática
do pecado. Ele deu mais para não retomar o livre arbítrio. Deu o Seu
Filho. Mas era necessário que Cristo decidisse dar a si mesmo, pois a
vida de Cristo é Sua própria. Cristo deu a si mesmo (Hebreus 9:14) e
Deus deu o Seu Filho. A redenção é um trabalho conjunto. Pai e Filho.
Conclusão:
Sendo que temos
um amor de Deus tão grande por nós a ponto de entregar o Seu Filho e o
Filho entregar a Sua vida, como poderemos nos perder? Tendo isso em
mente é que Paulo exclama exultante:
Romanos 8:33-34
“Quem
intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.
Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem
ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”
Paulo disse
isso logo após a memorável afirmação interrogativa do verso 31:
“Que
diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será
contra nós?”
Pai e Filho,
ambos, estão ao nosso lado, como poderemos ser derrotados? Somos mais do
que vencedores é a conclusão de Paulo:
Romanos 8:37-39
“Em todas estas coisas, porém, somos
mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu
estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes,
nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá
separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Terminamos com as palavras de Judas
25:
“Ao único Deus, nosso Salvador, por
Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de
todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém!”
|